Danielle de Paula, coordenadora de Comunicação, e os filhos Lorena e Felipe, Mucuri (BA). Foto: Márcio Schimming

Relacionamento com o
cliente

A Suzano impacta a vida de mais de 2 bilhões de pessoas em todo o mundo. Boa parte dos seus produtos chegam até os consumidores por meio de clientes espalhados nos mais variados continentes. O olhar ajustado para as suas necessidades e para o desenvolvimento de biosoluções trouxe importantes avanços para companhia na relação com clientes e na criação de novas parcerias e produtos.

Temas materiais presentes no capítulo:

CELULOSE

DINAMISMO E FLEXIBILIDADE
GRI 103-1, 103-2, 103-3 [Cadeia de Valor (clientes e fornecedores)]

A Suzano iniciou 2020 com excelentes perspectivas do ponto de vista de mercado após um período muito desafiador, marcado por estoques em alta e preços em queda. Entretanto, a pandemia trouxe novas incertezas para o setor de papel e celulose, em diferentes proporções para cada segmento de mercado e região. A alta do consumo de papéis sanitários em países do Hemisfério Norte e da Ásia, nos quais temos um volume expressivo de negócios, impulsionada pelo movimento de estocagem por parte dos(as) consumidores(as), o que esvaziou as prateleiras na cadeia dos varejistas sobretudo durante grande parte do primeiro semestre do ano, gerou uma demanda além da esperada por celulose de mercado.

Em contrapartida, com a expansão do isolamento social e da desaceleração econômica, o impacto negativo nos segmentos de papéis de imprimir e escrever e especialidades aumentou gradativamente, principalmente na Europa. Em razão desse cenário endurecido, alguns produtores integrados de celulose do hemisfério Norte deixaram de produzir papel para fabricar mais celulose. Produtores de celulose solúvel fizeram o mesmo, afetados pela queda de produção na indústria têxtil. O desbalanço entre os fundamentos de mercado, portanto, colocou pressão adicional nos preços. Diante de todas as adversidades, nosso foco se manteve o mesmo: servir a todos(as) nossos(as) clientes, buscando a continuidade do fornecimento de nossa celulose.

Sinais de recuperação

Após uma fase mais difícil, vivida sobretudo no terceiro trimestre, a empresa observou a retomada de todos os mercados de celulose. Na China, vale lembrar, o cenário foi um pouco diferente, pois o país rapidamente se recuperou e vem crescendo, gerando a oportunidade de aumento de preços.

Desde o início da pandemia, a Suzano intensificou o diálogo com seus(suas) clientes e entre suas equipes internas. Isso porque entendemos a relevância de estarmos preparados(as) para implementar, a qualquer momento e no menor tempo possível, os planos de contingência construídos para que não houvesse nenhuma ruptura em produção ou logística. E, assim, conseguimos lidar com as oscilações do período e atender bem a todas as demandas de produção.

Eucafluff®

Parcerias importantes consolidaram a entrada da Eucafluff® em grandes clientes globais, fortalecendo sua posição na Europa, na Ásia e nos Estados Unidos em 2019. Essa é a primeira celulose kraft branqueada de eucalipto tipo fluff do mundo, podendo ser aplicada em produtos absorventes e de higiene pessoal, além de descartáveis, como fraldas infantis, adultas e absorventes femininos. O ano de 2020 foi voltado para a consolidação do que foi trilhado em 2019. Porém, o promissor plano de expansão do negócio foi afetado pelos desdobramentos da pandemia, visto que o processo de qualificação do produto é longo, interativo e presencial. Por isso, os planos da Suzano de abertura de novas contas nesse período foram comprometidos.

Selo EU Ecolabel

A Eucafluff® da Suzano passou a integrar a lista de matérias-primas autorizadas para uso em produtos higiênicos descartáveis atestados pelo selo EU Ecolabel. O reconhecimento é concedido pela União Europeia a produtores(as) finais que atendem a altos padrões ambientais durante todo o seu ciclo, desde a extração de matérias-primas, passando pela produção e distribuição, até o descarte. O selo atesta aos(às) consumidores(as) a credibilidade de uso de um produto sustentável do início ao fim.

Para fazer parte dessa seleta lista, a Suzano demonstrou sua excelência com base em critérios ambientais rígidos, que analisam consumo de energia, emissão de gases de efeito estufa (GEEs) durante a produção e liberação de poluentes no ar e na água, entre outros aspectos. Tais diferenciais também foram apontados no estudo de Avaliação de Ciclo de Vida conduzido pela ACV Brasil, no qual a Eucafluff® apresentou resultados de performance ambiental favoráveis em categorias como o uso de solo, de água e emissões de GEEs quando comparados com a performance ambiental da fluff de pínus produzida no sudeste dos Estados Unidos.

PAPEL E EMBALAGENS

FLEXIBILIDADE PARA ENFRENTAR A CRISE
GRI 103-1, 103-2, 103-3 [Cadeia de Valor (clientes e fornecedores)]

Papel e Embalagens foi a unidade de negócios mais duramente afetada pela Covid-19. O isolamento social levou ao fechamento de escritórios, escolas e universidades e de grande parte do comércio. Com a pandemia, esses segmentos da sociedade reduziram ao extremo o consumo de um de nossos principais produtos – papéis para imprimir e escrever. Obviamente, esse mercado já vinha sofrendo em países desenvolvidos, em decorrência da disrupção causada pelas alternativas digitais. Porém, nos mercados em desenvolvimento, principalmente na Ásia (com destaque para a China), ainda se percebia um crescimento na demanda desse produto.

Em 2020, as consultorias que cobrem o setor, durante o período mais crítico da pandemia, estimavam uma queda no mercado de imprimir e escrever entre 15% – 25%. Porém, fechado o ano de 2020, o Pulp and Paper Products Council (PPPC), por exemplo, aferiu queda de 29% desse segmento na América Latina. Ou seja, de março a dezembro, a queda desse mercado representou uma redução de 1/4 da demanda total de 2019.

Para enfrentar esse cenário, a companhia executou um plano de ação, viabilizado graças à combinação de alguns fatores que nos dão agilidade na tomada de decisão: temos cerca de 300 vendedores(as) em território nacional e um modelo de distribuição diferenciado que nos mantém próximos a nossos(as) 35 mil clientes do Brasil. Com essa capilaridade, conseguimos agir rapidamente para atender outros mercados e apoiar nossas parcerias. Veja a seguir duas das nossas principais iniciativas.

  1. Tamo Junto: programa de apoio financeiro a gráficas, papelarias e editoras no país, com oferta de crédito e renegociação de dívidas, além da doação de materiais de comunicação e kits de prevenção para uso diário em pontos de venda. O projeto beneficiou mais de mil parceiros(as) por meio de quatro frentes de atuação. A primeira, focada no apoio ao negócio, ofereceu crédito diferenciado, renegociação de dívida e flexibilização de encargos. A segunda contou com a doação de materiais essenciais para o combate à propagação do coronavírus, como escudos faciais, adesivos com informações de distanciamento para pontos de venda e dispenser para uso de álcool em gel. A terceira foi composta de um pacote de comunicação que reuniu informações sobre higiene e limpeza, distanciamento social, fluxo de caixa, flexibilização e crédito pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A quarta frente correspondeu a um canal on-line no qual os(as) parceiros(as) podem acessar conteúdos específicos.
  2. Papéis para segmentos específicos: alguns setores passaram a ser mais exigidos durante o isolamento social e a pandemia. Nesse sentido, voltamos nossos esforços para papéis e embalagens nos segmentos alimentício, farmacêutico e hospitalar. Além disso, desenvolvemos, por exemplo, alternativas para papel de bula, papéis especiais para sacola (substituindo as de plástico) e outras embalagens.
Felipe, filho da colaboradora Danielle de Paula, coordenadora de Comunicação, Unidade Mucuri (BA). Foto: Márcio Schimming

Vendas no e-commerce

No segundo semestre de 2020, mais de 50% das vendas da Plataforma Suzano + para clientes pequenos(as) [micro e pulverizado(as)] foram realizadas via e-commerce.

Renato Gonçalves Pereira, operador de Cortadeira, e Raricka Moreira Santos, auxiliar de Produção, Unidade Mucuri (BA). Foto: Márcio Schimming

Sobre o Loop®

Papel produzido a partir de matéria-prima de base renovável – árvores plantadas especificamente para essa finalidade –, proporciona melhor experiência com canudos de papel devido a sua alta performance e resistência ao contato com líquidos, garantindo que o produto se mantenha íntegro durante sua utilização por até duas horas, além de ótimo contato no uso. Seu processo de produção é feito com menos perdas e possui versatilidade para criar produtos mais atrativos, além de leves e sustentáveis.

Loop Paper® e Do Bemzinho

Uma das Metas de Longo Prazo da Suzano está relacionada à substituição de plásticos (veja mais aqui). Em 2019, lançamos o Loop Paper®, papel especialmente elaborado para a produção de canudos como alternativa aos canudos plásticos. Em 2020, a Suzano e a fabricante de bebidas Do Bem™ se uniram para viabilizar a substituição de canudos de plástico nos produtos Do Bemzinho, linha de sucos dedicada ao público infantil, que agora contará com canudos feitos com o nosso papel. No Brasil, o Loop® já está presente em quase todas as redes de alimentação fast food.

De cara nova

O portfólio de papéis Report®, com sua linha completa de imprimir e escrever, ganhou novo posicionamento e embalagem após oito anos. Baseada no entendimento dos desejos do(a) consumidor(a), a nova identidade visual evidencia as principais qualidades do produto, performance e sustentabilidade. A nova embalagem, com design mais moderno e clean, destaca as diferenças e usabilidades de cada produto da linha, com reforço dos atributos: sustentável, mais resistente, não borra e não trava na impressora.

Doações em papel

Houve uma grande mobilização da indústria de papel para atender às demandas que surgiram em razão do novo coronavírus, em 2020. Nesse sentido, em parceria com outros produtores, a Suzano estruturou a doação de 5 milhões de copos produzidos com o nosso Bluecup®, primeiro papel-cartão brasileiro desenvolvido para copos e feito a partir de fonte renovável. A entrega foi realizada para hospitais públicos e administrações municipais dos estados de São Paulo, Santa Catarina e Paraná.

Além disso, a Suzano apoiou o desenvolvimento da produção de protetores faciais feitos em papel-cartão, idealizada pela Brasilgrafica S.A. O produto foi doado para o Ministério da Saúde. Doamos também 8 toneladas de papel-cartão para a confecção de 350 mil embalagens de álcool em gel, destinadas a consultores(as) da Natura e caminhoneiros(as).

Em 2020, a Suzano investiu na reestruturação da sua plataforma Positive Suas Ideias, movimento criado para repensar a produção e o consumo por meio de embalagens criativas e sustentáveis. Merece destaque o Innovation Day, realizado com a PepsiCo e com a L’Oréal, para dividirmos nossas possibilidades em embalagens e buscarmos encontrar possíveis sinergias.

Robson de Souza, operador da Linha de Embalagem, Unidade Limeira (SP). Foto: Márcio Schimming

Economia circular
GRI 103-1, 103-2, 103-3 [Cadeia de Valor (clientes e fornecedores), Inovação e Tecnologia]

Uma grande preocupação da Suzano é sempre desenvolver produtos com o menor impacto ambiental possível e trazer soluções ao mercado que tenham por trás uma visão sistêmica, pautada em fatos e dados. Por isso, no universo do papel, utilizamos em nossas avaliações e desenvolvimento de produtos ferramentas como Análise de Ciclo de Vida. Reconhecida internacionalmente, a abordagem promove uma avaliação cautelosa do potencial de impacto dos produtos, considerando todo o seu processo produtivo, desde a extração das matérias-primas até, possivelmente, o descarte dos produtos, permitindo uma visão ampla de causa e consequência. Com isso, pautamos nossos processos de inovação pensando, de fato, em qual é a melhor rota a ser seguida.

Assim, temos buscado cada vez mais profundidade para entender como podemos ser protagonistas nesse movimento de transição, o qual preza, entre outras coisas, uma economia mais circular (que propõe uma quebra do modelo linear de extrair o recurso, produzir o produto e descartá-lo), gerando o menor impacto possível. Sendo uma empresa de base renovável, quando pensamos em fechamento de ciclo, sabemos que temos muitas oportunidades para explorar uma rota biológica (que é regenerativa por si só e sem desperdícios, sendo possível quando os componentes do produto podem voltar aos ciclos biológicos naturais), voltada principalmente para processos de biodegradação.

Dentro de uma possível rota técnica que também nos leve à circularidade, temos buscado aumentar nossa participação ativa na cadeia da reciclagem, conscientes de que esse é um dos importantes atributos a serem trabalhados, mas não o único. Uma vez que nossa prioridade é garantir que cada solução seja, de fato, mais vantajosa de um ponto de vista socioambiental e sistêmico, utilizamos a Análise de Ciclo de Vida para validar as possíveis alternativas. Entendemos que não adianta endereçar a problemática de resíduos sólidos, por exemplo, e ter processos mais demandantes de recursos naturais ou, então, mais emitentes de gases de efeito estufa (GEEs). Vivemos uma época em que não é mais suficiente pensar em um ou outro, e sim, em um e outro.

Nesse sentido, ao longo do ano, trabalhamos no desenvolvimento do TP Cycle, um novo papel-cartão que utiliza fibras pós-consumo na sua composição, advindas principalmente de embalagens. Para o desenvolvimento desse projeto, firmamos parceria com a Eureciclo, uma empresa B especializada em logística reversa, que realizou o mapeamento da cadeia de fornecimento de aparas para garantir o melhor desempenho técnico do produto, além de homologar as condições trabalhistas por trás de cada fornecedor(a), ajudando-nos, assim, a garantir uma solução que, de fato, promova uma cadeia mais positiva.

De modo complementar ao TP Cycle, viabilizamos a reinserção de fibras pós-consumo de papel-cartão na produção de nossos(as) fornecedores(as) de caixas de papelão, que hoje são utilizadas para embalar nossas resmas de cut size. Essa alternativa é vantajosa por dois principais fatores: o primeiro é sua escalabilidade, visto que, nesse caso, o potencial produtivo da cadeia do papelão após absorver o material pós-consumo é substancialmente maior que o do papel-cartão. O segundo se refere à mitigação dos impactos ambientais – como o papelão atualmente já pode ser produzido com esse tipo de insumo sem grandes alterações de processo, os impactos de reinserção causados por perdas técnicas no produto final são minimizados quando comparados com a produção de papel-cartão dessa mesma categoria.

Papel toalha Scala no ponto de venda. Foto: Banco de imagens Suzano

BENS DE CONSUMO

SALDO POSITIVO
GRI 103-1, 103-2, 103-3 (Cadeia de Valor (clientes e fornecedores))

Manter a operação funcionando bem, garantindo a máxima segurança possível de nossos(as) colaboradores(as) e seus familiares, foi o maior desafio da Suzano em 2020. Em Bens de Consumo, que reúne cerca de 1.200 profissionais em todo o país, não foi diferente. Viagens e visitas foram adiadas e processos adaptados à nova realidade, mas, felizmente, todos os projetos foram mantidos.

Recordes de produção e vendas

A Suzano atua no mercado de bens de consumo com foco no segmento de tissue, composto, majoritariamente, de produtos como papéis para fins sanitários (papel higiênico), papel-toalha e guardanapo. Em todo o Brasil, houve um salto na demanda por essa linha de papéis a partir de março de 2020, exigindo alta capacidade de execução para que a empresa rapidamente reordenasse fábricas e seu modelo comercial, a fim de responder bem às novas necessidades dos(as) clientes. Com isso, a Suzano atingiu 8,3% de participação em valor no mercado de papel higiênico no último ano, tornando-se a quinta principal empresa dessa categoria no Brasil.

Consolidamos nossa liderança no Norte e no Nordeste, distanciando-nos ainda mais do segundo colocado, e reforçamos a nossa presença no Sudeste e no Centro-Oeste, onde tínhamos uma posição menor em 2019. Em 2020, aumentamos a relevância sobretudo nos estados do Espírito Santo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. No estado capixaba, somos líderes de papéis sanitários. As medições realizadas pela Nielsen mostram em 2020 que a marca Mimmo® é líder em folha dupla, com 28% de participação desse mercado. Em 2021, buscaremos expandir a participação para os demais estados do Sudeste e do Centro-Oeste.

Unidades de Belém e Fortaleza

Concluída a integração de unidades e processos entre Suzano Papel e Celulose e Fibria, que era uma das grandes prioridades de 2020, todos os processos de incorporação foram aplicados na antiga Fábrica de Papel da Amazônia S.A. – a Facepa –, a maior produtora do segmento tissue das regiões Norte e Nordeste. Sua capacidade instalada é de cerca de 50 mil toneladas por ano.

Além de absorver a nova empresa do ponto de vista fiscal e de sistemas, fizemos um trabalho de assimilação cultural importante em nossas duas fábricas, que se transformaram em unidades Suzano: unidade de Belém (PA) e unidade de Maracanaú/Fortaleza (CE). É importante destacar também as ações relacionadas à segurança do trabalho, permitindo uma redução significativa de acidentes nos dois locais.

Nova fábrica em Cachoeiro de Itapemirim

No momento em que a pandemia chegou ao Brasil, a Suzano estava iniciando a construção de sua nova fábrica de tissue, localizada em Cachoeiro de Itapemirim (ES). Paralisamos a obra por algumas semanas para entender o novo cenário, nos asseguramos das condições de atendimento da rede de saúde do município, revisamos nossos cronogramas e adotamos uma série de medidas até que os trabalhos pudessem ser conduzidos com segurança. Como resultado, em março de 2021, inauguramos uma nova planta, que ampliará 30% de nossa capacidade de produção.

O grande destaque na unidade será o papel higiênico de folha tripla, acompanhando uma tendência de migração de consumidores(as) que optam por um produto de maior qualidade. O segmento de papel higiênico está em um processo de migração para produtos mais qualificados – da folha simples para as folhas dupla e tripla. Segundo dados da Nielsen, de 2018 a 2020, a participação das folhas duplas e triplas no mercado brasileiro cresceu 6 pontos percentuais. À medida que a categoria amadurece, é natural que exista uma migração de consumidores(as) para o uso de itens mais sofisticados.

Débora Rocha Laranja, promotora de Vendas no Espírito Santo. Foto: Banco de imagens Suzano

Pesquisa e Desenvolvimento

NA FRONTEIRA DO CONHECIMENTO

Cada vez mais, a Suzano atua em iniciativas de enorme potencial disruptivo. São projetos voltados para o que chamamos de inovabilidade, ou seja, inovação a serviço da sustentabilidade.

Em ano de pandemia, fomos duplamente desafiados. De que maneira dar continuidade a dezenas de programas inovadores que dependem de viagens e de parcerias internacionais? Como encontrar alternativas para um trabalho que, em consequência da crise sanitária, precisou ser realizado a distância? O envio de amostras, o acompanhamento de testes e a avaliação presencial de resultados, enfim, todos os procedimentos de validação técnica, de performance e de custos, que em uma situação convencional acontecem na estrutura de nossos(as) clientes e potenciais clientes, foram alterados e ficaram muito mais morosos. Ainda assim, a Suzano conseguiu dar andamento a cada um dos projetos, obtendo resultados melhores do que o previsto.

O portfólio de inovabilidade da Suzano em inovação e pesquisa apoia-se em três eixos – Sustentação, Transformação e Diversificação. Confira, a seguir, os principais projetos da companhia nessas frentes e os respectivos resultados alcançados em 2020.

SUSTENTAÇÃO

Explora soluções para os desafios do negócio atual, centrado nos plantios de eucalipto e na produção e comercialização da celulose. A seguir, destacamos três exemplos de projetos voltados para esse fim.

  • Mais precisão na floresta, no transporte e na indústria

O manejo de rebrota (renascimento da árvore de eucalipto após o seu corte a partir de um broto ou mais deixado na parte de baixo do tronco próximo ao solo) é a principal alternativa para a redução dos custos de formação florestal, mas, para que possa gerar florestas produtivas, são necessárias muitas tecnologias em todo o processo. Em 2020 consolidamos o modelo de seleção de áreas com maior potencial, com base em premissas técnicas; desenhamos o controle de qualidade da floresta em duas fases; e inovamos com a antecipação da desbrota, o que já produz em todas as unidades florestas de maior qualidade e potencial produtivo.

Esse tipo de manejo está muito alinhado à ideia de produzir mais com menos recursos naturais, já que uma série de operações no campo passam a acontecer a cada 14 anos, e não mais de sete em sete anos.

Atualmente, cerca de 14% da nossa base florestal é conduzida em manejo de rebrota. Há benefícios econômicos associados ao sistema, podendo custar até 55% menos do que um ciclo totalmente novo.

Somando-se a isso, fazemos o uso de parâmetros digitais de otimização da alocação clonal e desenvolvemos um novo sistema, o Tetrys, que nos permite fazer uma alocação criteriosa de clone de eucalipto por ambiente, avaliando produtividade e aspectos relacionados ao risco decorrente de variações climáticas, entre outras possibilidades. A ferramenta oferece tantas vantagens competitivas que, inclusive, a Suzano decidiu protegê-la como segredo industrial.

Além disso, para a integração das etapas de colheita e transporte, uma nova ferramenta digital, batizada de iGroot, otimiza cerca de 25 milhões de variáveis para entender em que estágio de crescimento a madeira deve ser colhida, para onde levá-la e qual é o modal correto a ser utilizado nesse transporte, dependendo da unidade de destino. Já na indústria, uma solução de machine learning, o Thor, contribui para otimizar o calor liberado das caldeiras para o funcionamento das turbinas, maximizando a energia gerada para a unidade industrial.

Logística Florestal, Unidade Mucuri (BA). Foto: Banco de imagens Suzano
Geraldo de Almeida, técnico de P&D, Unidade Limeira (SP). Foto: Márcio Schimming

TRANSFORMAÇÃO

Essa frente busca gerar vantagem competitiva ao negócio por meio de diferentes formas de uso e aplicação da celulose, em linha com as necessidades de nossos(as clientes. A seguir, veja os principais projetos nessa área.

  • Marcador molecular
    O desenvolvimento de um marcador molecular de alta precisão trouxe para a Suzano a possibilidade de fazer uma seleção antecipada de mudas jovens adequadas às características de clima e solo em cada tipo de região. Com 80% de exatidão, podemos evitar distúrbios fisiológicos decorrentes da má adaptação da planta ao local, um fenômeno que muitas vezes demoraria para se manifestar, causando complicações e perdas no campo.
  • Portfólio de polpas especiais
    Iniciamos 2020 com enorme demanda no atendimento a nossos(as) clientes na China. Isso porque houve mudanças na legislação chinesa para a produção de papéis, fazendo com que a Suzano precisasse desenvolver um novo portfólio de polpas. Para atender às demandas, disponibilizamos para o mercado dois novos produtos de celulose – um desenhado especificamente para papéis sanitários, chamado EucaTissue, e o segundo uma celulose não branqueada de alta qualidade que atende mercados mais exigentes em sustentabilidade e pode ser usada para a produção de qualquer tipo de papel, do segmento tissue ao de embalagens.

Ambos os casos estão alinhados à prática de utilizar menos produtos químicos no processo industrial e entregar uma celulose de altíssima qualidade para a fabricação de papel, inclusive papéis sanitários. Também nos dois projetos houve a necessidade de fazer testes. Mas como realizar testes nas fábricas sem que fosse possível estar lá? O caminho para viabilizá-los foi aumentar o diálogo e intensificar as parcerias nas diversas frentes. O time de Celulose formou uma rede de colaboração entre clientes e profissionais da Suzano das áreas de Pesquisa e Desenvolvimento e Operação Industrial, principalmente, de modo que os testes fossem sendo realizados pelo(a) cliente em parceria com a Suzano.

DIVERSIFICAÇÃO

Qual é o potencial do eucalipto e como ele pode ser amplamente explorado? Projetos em bioestratégia são desenvolvidos para ampliar nosso portfólio de soluções sustentáveis em diferentes nichos do mercado. Veja a seguir os principais deles.

  • Lignina
    O ano de 2020 para o produto lignina foi de reorganização da estratégia e superação de problemas de secagem, surgidos na planta de Limeira (SP) em 2019. Fizemos o startup, iniciamos o comissionamento da planta e já conseguimos produzir lignina dentro das especificações desejadas por clientes.

Além dos segmentos de mercados prioritários – elastômeros e resinas fenólicas –, iniciamos o desenvolvimento da segunda onda de aplicações de lignina, contribuindo, em outras cadeias de valor, para o aumento do uso de matérias-primas de fontes renováveis. Saiba mais sobre a Ecolig.

  • MFC
    GRI 102-10

    O acordo com a empresa finlandesa Spinnova, na qual a Suzano tem hoje 50% de participação, evolui ano após ano. Assinamos a joint venture global para produção e comercialização exclusiva de fibra têxtil a partir de celulose microfibrilada (MFC), o que representa um salto na produção de 100 para 1 mil toneladas/ano e exigirá investimentos de aproximadamente 22 milhões de euros para a construção de uma nova planta na Finlândia em 2021 e 2022.

O objetivo é reinventar a indústria têxtil a partir de uma fibra produzida sem nenhum tipo de solvente e com a quantidade de água já existente no processo, tendo uma economia de 54% a 100% de água e de químicos. Assim, teremos um produto sustentável para concorrer com as fibras de origem fóssil, caso do poliester. Além disso, a emissão de CO2 chega a ser 60% menor quando comparado à viscose e ao algodão. Estima-se que a nova unidade estará em operação em 2022. Será o primeiro passo para termos, com nosso parceiro, uma planta de larga escala no futuro.

  • Biocompósitos
    Na trilha da inovabilidade também estão os biocompósitos, resultado da mistura de celulose de eucalipto e resinas de origem fóssil, como o polipropileno e polietileno. A Suzano detém a patente desse processo, que vem sendo aprimorado com o objetivo de reduzir a pegada de carbono na cadeia do plástico, em especial em bens duráveis (forros de telhado, deques externos, vasos, latas de lixo etc.) – na composição, conseguimos substituir até 60% do componente fóssil por fibra de celulose.
  • Biopetróleo
    Grandes empresas de petróleo mostraram-se interessadas em nosso produto em 2020. Há alguns meses, estamos realizando testes com duas grandes petroleiras globais nos Estados Unidos e nos aproximando de uma aprovação final para o biopetróleo, o que inclui toda a engenharia feita e soluções de logística definidas.
    Os testes industriais finais envolvem o coprocessamento do biopetróleo, numa proporção ainda reduzida, com o petróleo. Estamos trabalhando lado a lado com as petrolíferas para elevar o índice a patamares muito maiores. Todo esse desenvolvimento é realizado em parceria com a Ensyn, empresa com sede nos Estados Unidos na qual a Suzano tem 25% de participação acionária desde 2012.

Novas avenidas para a MFC

A celulose microfibrilada, ou MFC, é uma celulose super-refinada que pode ser usada em várias aplicações distintas e com boas perspectivas de aumento de escala nos próximos anos. Por isso, além de avançar na produção da fibra têxtil com a Spinnova, a Suzano tem planejada a produção comercial de MFC em sua unidade de Limeira (SP) para a aplicação interna e externa (para o mercado). A Suzano tem avançado na aplicação de MFC para a substituição de matéria-prima fóssil em produtos de limpeza (detergentes, amaciantes, sabão líquido para lavagem de roupas) e na fabricação de tintas e telhas de fibras de cimento (fibrocimento), que antes eram feitas com amianto, um componente comprovadamente cancerígeno.

Bárbara Cristina Pamphilo, técnica de P&D, Unidade Limeira (SP). Foto: Márcio Schimming

Substituição de plástico por papel

Na busca por alternativas sustentáveis para a substituição do plástico utilizado no setor de canudos, copos e embalagens flexíveis, a Suzano vem desenvolvendo soluções inovadoras que se baseiam na melhoria das propriedades físico-mecânicas do papel-base e na aplicação de barreiras recicláveis e biodegradáveis na superfície do papel. Essas barreiras conferem ao papel propriedades de resistência a água, gordura, vapor de água e oxigênio, e são também termosseláveis (propriedade de fechamento em máquinas a partir de calor) – características fundamentais, por exemplo, para as embalagens de alimentos como biscoitos e alimentos não perecíveis. Promover essa substituição é um grande desafio técnico e econômico. Em 2020, testes laboratoriais e industriais foram realizados com o objetivo de aprovar a tecnologia em diferentes players de mercado. Avanços significativos foram obtidos, não só validando a performance e maquinabilidade dos produtos – ou seja, se eles performam bem nas máquinas de envase –, mas também atendendo às rígidas normas estabelecidas pelos órgãos reguladores.

Esperamos seguir avançando com os testes, a fim de oferecer um produto de alta qualidade, que atenda aos requisitos técnicos e ofereça um preço competitivo ao mercado, permitindo a migração para alternativas provenientes de fontes renováveis e, com isso, mais sustentáveis.  

Caroline Cleto e Rafael Pereira, FuturaGene, Unidade Itapetininga (SP). Foto: Fotocontexto

FuturaGene

Em 2020, os projetos desenvolvidos pela FuturaGene – subsidiária da Suzano e líder em biotecnologia florestal –, apresentaram importantes evoluções. Mesmo com as limitações impostas pela pandemia, nos adaptamos à nova realidade e foi possível manter as atividades em laboratórios, casas de vegetação e campo, cumprindo todas as medidas sanitárias e de distanciamento entre pesquisadores(as), de modo que importantes projetos seguiram o seu curso normal.

Merece destaque a continuidade dos estudos para a conclusão do pacote regulatório visando a submissão do pedido para uso comercial do eucalipto tolerante a herbicida. O dossiê regulatório para essa tecnologia deverá ser apresentado à Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) ainda em 2021. Além disso, evoluímos com os estudos de biossegurança do eucalipto resistente a insetos, que terão continuidade em 2021 e farão parte do pacote regulatório dessa tecnologia.

Além desses avanços na plataforma de proteção do cultivo, nossa plataforma voltada para o aumento da produtividade florestal continua evoluindo. Nessa frente de atuação, ampliamos os testes de campo com derivados de nosso eucalipto geneticamente modificado aprovado pela CTNBio em 2015. Experimentos com essa tecnologia, plantados nas diferentes regiões onde a Suzano atua, têm demonstrado resultados promissores após mais de três anos no campo, quando comparados com os melhores clones convencionais.

Outras tecnologias do pipeline da FuturaGene também tiveram avanços significativos, incluindo aquelas voltadas para a qualidade da madeira, além do progresso nas áreas de Bioinformática e Genômica.

As equipes da Suzano e da FuturaGene mantiveram diálogo aberto com diversos stakeholders para compartilhar informações sobre a segurança e os potenciais benefícios da biotecnologia em árvores, demonstrando que esta é uma das ferramentas que contribuem para o alcance da sustentabilidade global. Conheça mais acessando o site.

No que se refere ao uso de organismos geneticamente modificados (OGMs), atualmente a Suzano e suas subsidiárias mantêm apenas atividades para fins de pesquisa e em áreas fora do escopo de certificação. Saiba mais sobre esse tema acessando nossa Central de Indicadores.

Mudas no viveiro, Unidade Mucuri (BA). Foto: Márcio Schimming

TRANSFORMAÇÃO DIGITAL

UMA SUZANO CADA VEZ MAIS DIGITAL
GRI 103-1, 103-2, 103-3

A transformação digital tornou-se um importante movimento na Suzano. Somente em 2020, os mais de 30 projetos desenvolvidos com esse propósito impactaram mais de 4 mil colaboradores(as) e geraram em torno de R$ 50 milhões de caixa para a companhia (conheça alguns dos destaques na página 55). Além disso, somente nesse ano, as ações de capacitação com foco no digital formaram 37 cientistas de dados de diversas áreas do negócio.

Por ser um movimento que visa disseminar as habilidades digitais para toda a empresa, foram criados diversos fóruns que permitem decisões colaborativas. Como exemplo, citamos o processo de governança, que envolve diversos diretores funcionais da empresa, os quais se reúnem a cada três meses para discutir o futuro digital da companhia, e um colegiado formado por representantes de diversas áreas do negócio, que definem as prioridades do ano.

Esse novo formato de trabalho é menos burocrático e hierarquizado. O trabalho se torna colaborativo, as entregas são feitas em menos tempo, ganha-se em produtividade e os resultados aparecem de maneira muito mais rápida. As iniciativas no digital acontecem em quatro frentes de trabalho, que passam por um olhar estratégico e de governança. São elas:

  1. Núcleo Digital
    Avalia quais são os projetos estratégicos para a evolução da companhia. A partir disso, organiza internamente processos que associam TI, transformação digital e áreas do negócio para implementar essas soluções de tecnologia digital, como machine learning e otimização, que são derivadas de inteligência artificial usando métodos ágeis e técnicas de design thinking associadas à tecnologia digital.
  2. Inovação Aberta
    Com o objetivo de democratizar a inovação, a frente de Inovação Aberta atua no modelo de solução colaborativa, em que as necessidades de melhorias de processos da Suzano, sugeridas por qualquer colaborador(a), são apresentadas como business case a parceiros(as) do ecossistema de inovação da empresa no Brasil (Endeavor, Plug and Play e Agtech) e em países como China, Alemanha, Israel e Estados Unidos. Com a curadoria dessas empresas parceiras, de sete a dez startups são convidadas a apresentar suas soluções para o problema. A Suzano escolhe a proposta a ser testada, com a perspectiva de a startup tornar-se uma parceira caso a solução funcione. Atualmente, temos dez projetos com startups em andamento na companhia. Um deles, batizado de Sara, testa a inteligência artificial na área de Compras (veja mais na página 64).
  3. Design Thinking
    Centrada no usuário e com foco em ampliar o mindset e dar mais ferramentas de solução, esta frente utiliza metodologias de design thinking para que a organização trabalhe em um ambiente colaborativo de criação, cocriação e prototipação, a fim de encontrar soluções com maior rapidez.
  4. Agilidade
    Formato de trabalho colaborativo em que grupos multidisciplinares, chamados de squads, por meio de várias metodologias e análises de indicadores, conseguem entregar soluções a cada 15 dias.

Academia Digital

Descentralizar conhecimento requer profissionais capacitados(as) em todas as áreas da empresa. A Academia Digital tem o objetivo de formar cientistas de dados na companhia, para os diversos segmentos do negócio. Além do desejo de aprender ciência de dados, os(as) participantes desenvolvem um case, o project based learning, que é associado a alguma Meta de Longo Prazo da Suzano.

Adriana Damasceno, operadora de Ponte Rolante, colaboradora da empresa DPWorld, que atua no Vértere, no Porto de Santos (SP). Foto: Márcio Schimming

LOGÍSTICA

FLEXIBILIDADE E AGILIDADE NA OPERAÇÃO

O modelo logístico da Suzano, que hoje conta com 11 fábricas em quatro regiões brasileiras e opera em três portos distintos no país, garantiu à companhia flexibilidade para lidar com os impactos da Covid-19, que tiveram seu pico em março, abril e maio de 2020, meses caracterizados pelo alto consumo de tissue nos países do hemisfério Norte e da Ásia, onde se concentram os(as) maiores clientes da companhia.

Nossa estratégia para evitar a falta de fornecimento de celulose para nossos(as) clientes foi baixar os estoques no Brasil, transferindo cerca de 300 mil toneladas de celulose para as pontas de abastecimento do exterior. Replicamos o mesmo modelo no mercado doméstico e, assim, conseguimos minimizar os riscos logísticos relacionados a transtornos ou rupturas nos sistemas rodoviário, ferroviário e marítimos decorrentes da pandemia.

Em alta pressão

Outros desafios que em nada têm relação com a crise sanitária também foram enfrentados pelo time de Logística em 2020, tornando o período ainda mais complexo. A queda de um trecho de ferrovia em Três Lagoas (MS) interrompeu a operação dessa via por seis meses, o que levou a Suzano a transferir o transporte de 450 mil toneladas de celulose para caminhões e para outra ferrovia em atividade na região, manobra que exigiu enormes esforços de todas as equipes envolvidas.

O aumento do custo de transporte da celulose por navio, em decorrência da troca de combustível, também foi desafiador para a Suzano. Os navios passaram a operar com um combustível de baixo teor de enxofre, o que, consequentemente, reduz a emissão dos particulados, causadores de doenças respiratórias. Isso levou, por outro lado, o aumento do custo de aproximadamente US$ 100 por tonelada.

No Porto do Itaqui, localizado na cidade de São Luís (MA), as obras de construção de um berço de atracação, cuja finalidade é facilitar o escoamento logístico naquele terminal (muito pressionado pelo aumento de volume da concorrência), tiveram início em outubro de 2020, seis meses após o previsto no cronograma inicial, em razão da dificuldade de mobilização de pessoas e equipamentos durante o início da pandemia. Já no Porto de Santos (SP), o desafio foi de aprendizado e adaptação com o início do Projeto Vertere. Em abril de 2020, quatro meses antes do cronograma previsto, o carregamento da Suzano em Santos passou a ser realizado em um terminal privado pertencente a uma empresa parceira, no qual a Suzano realizou investimentos. A nova estrutura conta com um armazém de 35 mil metros quadrados, com capacidade para mais de 150 mil toneladas de celulose. Também integram as instalações um viaduto, a ampliação do trecho de cais do terminal e uma perna ferroviária, integrada às operações do armazém. A movimentação das cargas é realizada por pontes rolantes, controladas a distância pelos operadores. O lançamento do Vertere trouxe também benefícios ambientais de reaproveitamento de água e energia, que deverão ser contabilizados ao longo de 2021.