A sustentabilidade é parte fundamental da estratégia da Suzano. A companhia entende que tão importante quanto gerar valor para o(a) acionista é gerar valor que já nasce de maneira compartilhada com a sociedade. Em 2020, importantes passos foram dados nessa direção.
No coração dos Direcionadores da nossa cultura organizacional reside a estratégia de sustentabilidade da Suzano. Pela natureza do nosso negócio, que depende diretamente dos ciclos naturais e do bom relacionamento com as comunidades nos locais em que atuamos, esse tema sempre foi primordial para nós. Em 2019, após nosso processo de fusão, passamos a olhar para nosso desempenho social, ambiental, financeiro e de governança de uma maneira ainda mais sistêmica, protagonizando uma mudança estrutural em nossos padrões operacionais, no desenvolvimento de novos produtos e mercados e no engajamento com nossos stakeholders. Almejamos, assim, nos consolidar como referência nesse importante movimento – resumido hoje, pelo universo financeiro, pela sigla em inglês ESG (em português, meio ambiente, social e governança).
Na jornada evolutiva da Suzano, entendemos que sustentabilidade é parte essencial do negócio. Como fazer, então, para materializá-la progressivamente em todas as nossas entregas, processos e relacionamentos? Em fevereiro de 2020, a companhia divulgou suas Metas de Longo Prazo, assumindo publicamente compromissos ambiciosos que devem ser executados até 2030, em linha com as propostas do Acordo de Paris e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), das Nações Unidas. O ano de 2020, no entanto, chegou com uma crise sem precedentes, acelerando a consciência de que o papel de empresas líderes como a Suzano – presente na vida de mais de 2 bilhões de consumidores(as) no planeta – é, por meio de sua atuação, contribuir para a construção de um futuro melhor e mais sustentável para todos.
O conceito de stakeholder value é ancorado no princípio da geração de valor compartilhado: tão relevante quanto gerar valor para os(as) acionistas é gerar valor que nasça de maneira compartilhada entre os públicos com os quais nos relacionamos e fazem parte do ecossistema em que estamos inseridos.
A sociedade se beneficia, por exemplo, quando nossa organização trabalha para substituir matéria-prima de origem fóssil por soluções mais sustentáveis, extraídas de nossos plantios renováveis. É fortalecida, ainda, com programas de educação e geração de renda destinados às comunidades vizinhas da empresa ou por meio de ações ambiciosas voltadas para a redução de emissões e captura de CO2 a partir do processo produtivo da companhia. São muitas e crescentes as frentes de iniciativa que buscam essa convergência.
Assim, em 2020, seguimos também expandindo e fortalecendo nossa atuação no universo das finanças sustentáveis. Pela primeira vez, a Suzano emitiu um Sustainability-Linked Bond (SLB) no mercado de capitais, sendo a pioneira nas Américas e no setor de papel e celulose.
Seguindo os princípios desse instrumento, a companhia atrelou o uso dos recursos financeiros ao atingimento da meta de redução de 15% da intensidade das emissões de gases de efeito estufa. O montante captado financia a implementação da estratégia da companhia, permitindo que ganhemos robustez em nossa atuação e na geração constante e crescente de valor compartilhado.
Como resultado dessa dinâmica agenda em prol da sustentabilidade, as atividades da Suzano vêm sendo reconhecidas por prestigiados(as) avaliadores(as) externos(as). Em 2020, a companhia foi selecionada para compor o Índice Dow Jones de Sustentabilidade – Mercados Emergentes (DJSI Emerging Markets) e o Índice de Sustentabilidade Empresarial 2021 (ISE), da B3. Estas são mensagens importantes de que estamos no rumo certo. Mas sabemos que podemos e precisamos continuar evoluindo na nossa estratégia, práticas e transparência para melhorar nosso desempenho nesses e em outros índices.
Negócios impactam e são impactados. Em um caminho sem volta, a preocupação socioambiental está ocupando cada vez mais espaço em nossas operações florestais, industriais e de logística, nos escritórios e nas áreas de finanças, pesquisa e desenvolvimento e de novos produtos, entre outros setores fundamentais para o nosso negócio. Entramos na era da economia regenerativa, que, além do retorno financeiro, privilegia a recuperação do meio ambiente e a perpetuação da vida, com qualidade e bem-estar para a sociedade.
Malu Pinto e Paiva*
Diretora Executiva de Sustentabilidade da Suzano
Marcelo Bacci
Diretor Executivo de Finanças, Relações com Investidores e Jurídico da Suzano
*Malu deixou a Suzano em março de 2021. Ela liderou a área de Sustentabilidade ao longo de 2020, período que compreende o conteúdo contido neste relato.
